O antigo Solar do Barão de Itatiba, popularmente conhecido como “Palácio dos Azulejos” (a partir da década de 1930) em razão de sua fachada ter sido revestida com azulejos do Porto, é um dos mais importantes testemunhos de residência urbana da cidade no período imperial. Caso singular no século XIX de duas ricas residências geminadas foi edificado em 1878, pelo Barão de Itatiba e seu genro, o Tenente Coronel Pacheco e Silva. Entre os anos de 1908 e 1916, as propriedades foram vendidas à Prefeitura Municipal de Campinas que ali instalou o paço municipal, unificando as duas construções.
O palacete achava-se distribuído em dois pavimentos e contido no lote, nos padrões de construção residencial urbana colonial “não se concebendo, na época, a idéia de casas recuadas ou com jardins” (TONON). Sua implantação “foi feita sobre o alinhamento da via pública, mais especificamente, de duas vias muito significativas – antiga rua do Pórtico com Regente Feijó – com paredes laterais sobre o limite do terreno vizinho, obedecendo ao Código de Posturas vigente na época (…) [e] Tendo a possibilidade de ser levantado sobre o alinhamento das ruas Ferreira Penteado e Regente Feijó, os construtores do sobrado (..) elaboraram duas fachadas com generosas dimensões, propiciando, com isso, um desenho de talhado com quatro águas, adaptado para um prédio com formato em ‘U’, diferenciando-se da maioria dos esquemas comuns de planta e telhado, onde aparecia no casario simples, a cobertura com apenas duas águas” (TONON)