IAB Campinas

Mercadão – Estação Carlos Botelho da Funilense

Segundo parecer do CONDEPHAAT: “O mercado foi projetado por Ramos de Azevedo, em estilo mourisco, com uma área total de 7.308,80m² e construído por Augusto Fried. Sua planta é basicamente retangular, desenvolvida em três naves no sentido longitudinal. A iluminação em seu interior se dá através de aberturas localizadas na altura da linha dos beirais. Suas dependências encontram-se distribuídas entre boxes para armazéns, circulação e dois ambientes que sediaram a Companhia Funilense. E 1933 foram realizadas reformas na iluminação, no piso e nos serviços de água e esgoto e, na década de 1970 na pintura e no piso, além de acréscimo de boxes”

Em fotografias de princípios do século XX podemos observar detalhes da cobertura de telhas cerâmicas com ausência de platibandas. Para Giselle Protti, Ramos de Azevedo “propôs uma volumetria com telhados que se sobrepõem, criando assim um pé direito mais alto na porção central do edifício em relação aos volumes laterais, numa composição arquitetônica que permite a iluminação e a ventilação natural em todos os volumes”

Em 1925, período em que a “Funilense” foi incorporada à “Sorocabana” (ferrovia estatal), sua estação inicial passou para o edifício novo localizado no bairro do bonfim e a Estação Carlos Botelho deixou de funcionar. Com esta mudança, o mercado perdeu parte de seu dinamismo. “Em 1933, foram realizadas reformas na iluminação, no piso e nos serviços de água e esgoto” (CONDEPHAAT), passando o mercado a ser “exclusivamente comercial, tanto varejista como atacadista”

O prédio passou por outras grandes reformas e no início da década de 1970, o governo Quércia cogitou na sua demolição, mas a intenção gerou forte reação dos comerciantes. O mercado acabou recebendo uma nova pintura, a reforma do piso “além do acréscimo de boxes” (CONDEPHAAT), e o município criou no jardim do lago, uma central de abastecimento conhecida por “Ceasinha”.

Em 1982, a proposta de tombamento foi levada ao Condephaat (e aprovada no mesmo ano) pelo prefeito José Nassif Mokarzel.

Em 1994 o edifício recebeu uma nova reforma: sua infraestrutura foi trocada (redes elétrica, hidráulica, de esgotos e equipamentos de combate a incêndio) e as cores originais resgatadas (listrado de bege e cor de telha). Em 2005 a fachada recebeu nova pintura, o telhado foi reformado, as platibandas foram padronizadas e os toldos dos boxes trocados (PROTTI). Em 2007, o Estúdio sarasá apresentou ao Condepacc projeto de revitalização da edificação prevendo intervenções, inclsuive, na área envoltória.

Ficha técnica do patrimônio

  • Bem/Edificação: Mercado Municipal de Campinas
  • Localização: Rua Benjamin Constant, s/nº, Centro, Campinas, SP, CEP 13013-010
  • Utiulização Original: Mercado municipal
  • Tipologia: O edifício, projetado em estilo eclético com elementos mouriscos foi tombado pelo CONDEPHAAT em 1983 por representar uma da modalidade de mercado regional e pelo CONDEPACC em 1995 por se tratar de um raro exemplar da arquitetura eclética.
  • Área Bruta: 2.520 m²
  • Arquiteto Responsável: Dr Francisco de Paula Ramos de Azevedo
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