Todo mundo quer uma bela varanda
O Presidente do Núcleo Regional Campinas do Instituto de Arquitetos do Brasil foi entrevistado pelo Jornal Correiro Popular de Campinas sobre as varandas na arquitetura.
[spacer size=”20″]A matéria foi publicada no dia 19 de Setembro de 2013 na capa do Caderno Classificado de Imóveis. Acompanhe abaixo o texto na íntegra:
[spacer size=”20″]Varanda, sacada ou balcão são sinônimos para uma plataforma suspensa e saliente nas paredes de um edifício, geralmente limitada por uma grade, balaústre ou parapeito. Há quem prefira diferenciar a varanda como sendo um elemento integrado à fachada do prédio.
[spacer size=”10″]Restritas basicamente à função de “respiro” dos apartamentos até meados dos anos 1980, trinta anos depois ganharam funções e elevaram-se à categoria de ambiente. É o caso das varandas gourmet que chegam a ocupar 40% da área total de alguns projetos dependendo do conceito do produto imobiliário oferecido, aponta o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil Núcleo Regional Campinas, Alan Cury.
[spacer size=”10″]Segundo ele, as varandas projetadas nas últimas duas décadas ganharam pontos de energia, água, esgoto e até gás encanado para alimentar as churrasqueiras, ou dutos para eliminar a fumaça gerada nas churrasqueiras convencionais, diz o arquiteto.
[spacer size=”10″] [pullquote align=”right”]O espaço tornou-se uma forma de compensar a ausência de quintal nas unidades.[/pullquote] [spacer size=”10″]Na legislação municipal espaços inferiores a 5% do total de área útil do apartamento não são computados como área construída. Para exemplificar, em uma unidade de até 100 metros quadrados, uma sacada com cinco metros não é considerada como área útil.
[spacer size=”10″]O padrão atual de tamanho das varandas ultrapassa de longe a margem que desconsidera o espaço. O arquiteto conta que a mudança foi necessária e gerada pelas exigências do mercado consumidor a partir de pesquisas que apontaram as preferências dos adquirentes.
[spacer size=”10″]Se no passado as áreas de respiro em prédios antigos eram modestas sacadas ou peitoril praticamente colado às janelas, hoje, até mesmo unidades do segmento econômico com 50 metros quadrados de área utilizável têm varandas com tamanho médio de 4 metros quadrados.
[spacer size=”10″]Identidade
[spacer size=”10″] Apartamentos de padrão médio — como os localizados na Região do Parque Prado — que oferecem área útil de 150 a 200 metros quadrados têm varandas com tamanho médio de 8 metros quadrados, podendo chegar a 20 metros quadrados dependendo do conceito desenvolvido para aquele empreendimento. [spacer size=”20″] [spacer size=”20″]Na identidade dos edifícios, as varandas são importantes elementos arquitetônicos das fachadas, que contribuem para a leveza das construções agregando às estruturas grandes aberturas e peças salientes. Não menos importantes ao conjunto são os materiais de acabamento empregados nos peitoris das sacadas.
[spacer size=”10″]Em conjuntos mais populares é comum o uso de grade ao invés do vidro, material que tem a vantagem da transparência e baixa manutenção por dispensar pintura, e tem como desvantagem o custo mais elevado. Há ainda a opção de guarda-corpo em alvenaria que deve respeitar a altura mínima de segurança de 90 centímetros.
[spacer size=”10″]Esteticamente, incorpora mais robustez à fachada, ao mesmo tempo em que eleva a privacidade dos moradores da unidade. A desvantagem é ocupar mais espaço e tirar a leveza da construção. O fato é que independentemente da classe social a que se destina o produto imobiliário, as incorporadoras já consolidaram a importância da varanda nos projetos de empreendimentos residenciais e até mesmo comerciais.
[spacer size=”10″]Trata-se do elemento que proporciona o algo a mais no imóvel. “A varanda se tornou uma protagonista muito importante no processo de venda e na utilização do imóvel”, diz o arquiteto. Nos últimos dez anos, salvos alguns casos de estilos arquitetônicos com influência de estilos predominantes de outras épocas, a arquitetura contemporânea domina a paisagem da verticalização de novos bairros emuda o cenário de bairros antigos e tradicionais. Com suas linhas retas, grandes aberturas e transparência, preferencialmente valoriza o uso de cerâmicas e porcelanatos de indústrias certificadas.
[spacer size=”10″]Busca por elementos ligados à sustentabilidade e não valoriza o que é nobre e no entanto, escasso na natureza. Com relação às cores, são edificações que permitem liberdade na escolha das tintas, desde que adequadas à proposta do projeto. “O índice de satisfação dos compradores de empreendimentos com varandas em projetos contemporâneos é elevado, tanto em desempenho do imóvel quanto em utilização do espaço”, assegura o presidente do IAB Núcleo Regional Campinas.
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