IAB Campinas

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16
abr

E. E. Marechal Mallet pode ser tombada pelo CONDEPACC

A Escola Estadual Marechal Mallet localizada no Bairro Chapadão em Campinas tem estudos aprovados para o tombamento no CONDEPACC.

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Projetada pelo Arquiteto  João Vilanova Artigas e Escola é a única obra projetada pelo Arquiteto em Campinas, e o pedido dos estudos para o tombamento foi protocolado pela Fundação João Vilanova Antigas que faz um levantamento de todas as obras do Arquiteto que se destacou pelas suas obras no campo da Educação como conta a Arquiteta Daisy Ribeiro que é Coordenadora de Patrimônio Cultural de Campinas:

[spacer size=”10″] [quote style=”3″]A escola é a única obra projetada pelo arquiteto modernista em Campinas. Além disso, o arquiteto se destacava no campo da educação, com estilo de prédios bem abertos, feitos para facilitar o entrelaçamento entre alunos, professores e a comunidade.[/quote] [spacer size=”10″]

A Escola Estadual Marechal Mallet, no bairro Jardim Chapadão, em Campinas, poderá se tornar patrimônio histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc). Os estudos para avaliar a importância do prédio para possível tombamento foram aprovados na semana passada.

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O Diretor do IAB Campinas Arquiteto Eduardo Carlos Pereira destaca alguns fatos importantes sobre a escola, o processo de tombamento e sobre o projeto:

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A Escola em processo de tombamento pelo CONDEPAC , já é Patrimônio Histórico Cultural do Estado de São Paulo, tombada no ultimo mês de dezembro de 2012, junto com outras importantes e referenciais escolas publicas paulistas. (CONDEPHAAT)

Todas tem em comum uma importante ideologia de fazer com que a escola fosse um  lugar de encontro , convivência, para a formação critica do aluno e seu desenvolvimento politico. Artigas como Secretario do PCB não poderia demonstrar outra forma no conteúdo dessas escolas. E conseguiu , essas escolas são reconhecidas hoje pela arquitetura poucas vezes épica mas discreta e integrada na paisagem de maneira especial. A Escola do Chapadão tem essas características , feita com  os materiais comuns do momento e para pedreiros que pudessem , sem muitos recursos executá-las. Alem disso é evidente a escala: baixa para recepcionar os alunos, acolhe; sem corredores e com pátio interno expressivo onde é possível fazer teatro, discurso politico , encontros e principalmente conviver.

[spacer size=”10″] [quote style=”1″]A arquitetura é aderente ao terreno e se desenvolve em harmonia com a paisagem, destacada como referência: a torre da caixa d’água, marco da situação da escola no bairro. Tive a Honra de defendê-la enquanto conselheiro do CONDEPHAAT representante do IAB SP.[/quote] [spacer size=”10″]

Arquiteto João Vilanova Artigas soma mais de 700 obras no Brasil e as principais são a Sede da Faculdade de Arquitetura da USP e o Estádio do Morumbi.

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Conheça mais sobre o Arquiteto João Vilanova Artigas (1915-1985)

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Nascido em junho de 1915, graduou-se engenheiro-arquiteto na Escola Politécnica da USP. Embora tenha atuado principalmente em São Paulo, Artigas deixou significativas obras no interior paranaense. É dele a antiga estação rodoviária de Londrina, hoje transformada em Museu de Arte. As primeiras obras de Artigas em Curitiba foram inauguradas nos anos de 1940. Mais tarde, Artigas assumiu a influência de Le Corbusier, marcadamente reconhecida na residência de João Luiz Bettega, na Rua da Paz, hoje denominada Casa Vilanova Artigas.

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Arquiteto João Vilanova Artigas (1915-1985)

Arquiteto João Vilanova Artigas (1915-1985)

 

 

 

[pullquote align=”left”] “Admiro os poetas. O que eles dizem com duas palavras a gente tem que exprimir com milhares de tijolos”. Vilanova Artigas[/pullquote] [spacer size=”10″]

Ao lado de Lúcio Costa e Niemeyer, apostou na aplicação do pensamento arquitetônico moderno. Antes de moderno, no entanto, Vilanova Artigas era um grande humanista. Projetos como os das estações rodoviárias de Jaú (1970) e Londrina (1951), o edifício residencial Louveira (1946-1949) e o Estádio do Morumbi (1953) atestam uma premissa seguida durante toda a sua trajetória: a generosidade com espaços e com o homem coletivo.

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Ajudou a fundar, em 1948, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, fazendo em 1962 uma ousada reforma curricular. Pelo feito recebeu prêmio da União Internacional dos Arquitetos. A profunda ligação com a FAU fez com que o arquiteto projetasse sua nova sede, em 1969. Ele acreditava que a concepção arquitetônica e as propostas educacionais de um centro de estudos deveriam obrigatoriamente andar juntas. Foi também na USP que descobriu a vocação e a paixão pelo magistério. Lecionou por quase toda a vida com enorme entusiasmo, influenciando toda uma geração.

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