
O “Primeiro Grupo Escolar de Campinas” foi criado em 1897, período no qual a educação pública passava a assumir um lugar fundamental na estrutura da recém criada República Brasileira. Seu edifício foi projetado pelo engenheiro arquiteto Dra Francisco Paula Ramos de Azevedo em estilo eclético com elementos neo-renascentistas e neo-góticos. Mas, este edifício, também se constituiu num marco inicial dos projetos escolares de Ramos de Azevedo e pela qualidade que alcançou, ele serviu de base para os primeiros edifícios dos grupos escolares do Estado de São Paulo (WOLFF, 2010).
Nas origens do partido arquitetônico encontrava-se a determinação expressa pelo decreto 248 de 26/julho/1894 de que os alunos seriam divididos em 4 classes para cada série (correspondente aos 1º, 2º, 3º e 4º anos do curso preliminar), prevendo-se a presença de 4 salas de aula no andar térreo (para o sexo feminino) e 4 salas no andar superior (para o sexo masculino), acesso por duas escadas laterais que terminavam num corredor de distribuição para as salas, todos no corpo principal do prédio. Em anexo, duas pequenas construções seriam destinadas aos trabalhos administrativos.
Sua organização espacial definia-se por “preceitos e recomendações de higiene, insolação e ventilação previstos na cultura arquitetônica que vinha se firmando desde o século XIX”, ganhando forma um programa pedagógico que em pouco tempo se traduziria em “projetos arquitetônicos padronizados que se repetiam com pouca ou nenhuma variação em mais de um município” (CONDEPHAAT).